Um pouco sobre pós-produção na ilustração e romantismo
Tinha feito um texto super legal (e extenso) sobre o papel
da pós-produção na ilustração nos nossos tempos, mas acabou que o texto super
legal se perdeu com a chuva que caiu. Mesmo assim, resolvi postar essa ilustração,
que fiz lá em 2010, e que encontrei não finalizada nas minhas coisas mês
passado, e que só agora (três anos depois) finalizei (não fiz uma foto disso, do
original não acabado, mas tente imaginar o desenho sem as partes pretas do
casaco do noivo ou as orelhas do Mickey não preenchidas e você já vai ter uma
ideia de como estava). Abaixo a foto do original finalizado.
O fato é que esse desenho (que eu e a Dani criamos em um brainstorm pensando nos bonecos do nosso bolo de casamento e que depois ilustrei) “aconteceu” sem estar finalizado, e isso me fez pensar um monte nessa relação toda entre o desenho no papel e ele depois, terminado. Abaixo uma foto do rascunho que fizemos depois da nossa reunião de criação.....
Comecei a ilustrar cedo (anos 80, antes dos 10 anos de idade), e isso foi pelos anos 90, e levar o desenho pro PC naquela época era o mesmo que hoje ir até marte (pelo menos ir para Marte, até uns dois anos atrás, era impossível...). Ou seja: tínhamos a ideia do que era possível, mas parecia distante demais. Mas hoje não...hoje a gente começa na cabeça, passa pelo papel e termina na tela do PC. E é tudo arte, e está tudo certo.
A realidade é que é difícil imaginar hoje o universo da ilustração sem os computadores e os seus programas gráficos, de tanto que eles facilitam tanto a nossa vida. É que nem viajar para o espaço, hoje: a gente nem imagina que havia um mundo antes disso. No texto que perdi, lembro que uma das minhas conclusões era que o cerne em torno da pós-produção está, hoje, no tamanho do papel disso no processo todo, e às vezes parece que ficou tudo tão simples que não se trata mais de uma ideia e uma estrada chamada folha de papel em branco. Mas não esqueça jamais: continua sendo exatamente isso. Só agregaram ferramentas, mas a viagem continua sendo a mesma – essa tão saborosa viagem...
E me perdoe se pareço romântico demais, mas seria impossível não ser romântico em um texto ilustrado por este desenho meu e da Dani.
Em tempo: seria contraditório se eu fosse contra os PCS, mas até 1999 eu torci demais pelo “bug do milênio”... hehehe... mas isso fica para uma outra história!
Em tempo: seria contraditório se eu fosse contra os PCS, mas até 1999 eu torci demais pelo “bug do milênio”... hehehe... mas isso fica para uma outra história!
AbS!
Márcio Rampi – 09 de maio de 2014 (3 anos e 30 dias de Dani&Márcio)




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