Juntos como preto e branco - um mês de Abutres!

Nos últimos 30 dias, fiz muitas coisas.
Mas certamente o que menos fiz foi desenhar. Devo ter feito 5 ou 6 páginas, no máximo, e nada muito concreto.


Mas isso aconteceu por um bom motivo.

Amanhã faz exato um mês do lançamento de Abutres no fim do mundo, e nesse primeiro mês de vida muitas coisas legais já aconteceram. Muitas delas acabaram nem passando aqui pelo blog, e a correria acabou fazendo com que fosse inviável, de fato, colocar tudo que rola por aqui. Mas na medida do possível vou colocar. Outra coisa que se tornou inviável no meio disso tudo, como comecei este texto, foi desenhar – e para quem curte desenhar é difícil até de definir como é ficar sem desenhar.
Mas imagino que todo mundo que se prive de algo que gosta de fazer, seja lá por que motivo seja, imagina como isso seja. E esse mês que passou teve muito disso: foi bastante divulgação, e foi pouco desenho...

O que, no entanto, não quer dizer que eu não ande pensando sobre isso, claro que não. Na realidade, você está sempre vendo, projetando, aprendendo novas coisas. E nesses períodos em que sobra pouco tempo pros desenhos, e que você mais pensa nisso do que de fato faz, você acaba voltando sempre para onde tudo começa – e digo isso para mostrar como isso é interessante, na verdade, e é por causa disso também a ilustração em preto e branco que ornamenta este post.

Explico: Abutres no fim do mundo está feita.
E agora já vem a próxima história, e ela começa exatamente como na ilustração acima – em preto e branco. Neste mês de Abutres no fim do mundo no ar, mergulhei em alguns restos de materiais da história e também fui buscar aspectos que pudessem ser colocados aqui, que pudessem ser compartilhados com todos que leram a história e curtiram. Eu sempre curti ler as revistas e ver os rascunhos, ver como começavam aquelas páginas que eu curtia tanto, e queria fazer algo assim com Abutres.
E dentre tudo, as coisas mais interessantes que aparecem acabam sendo sempre em preto e branco. Por isso a página em preto e branco aí de cima.
Ela é uma das páginas da história, e aí está como foi pensada, como o seria se a revista fosse em tons de cinza.

O interessante é que, nesse processo de divulgar o que está OK e já estar pensando na próxima história, você acaba constantemente voltando para onde tudo começa, para o lápis, e é aí que você percebe que nesse lugar – no fim – é ali a hora de começar tudo de novo. A hora de voltar lá para o lápis e para o papel.
A criação começa lá. Com olhos no acabamento, claro. Nas cores.

Mas tudo, na verdade, só para você poder voltar e começar tudo outra vez.
Contando uma boa história no meio disso, de preferência, mas sempre envolto nesse ciclo de fins e recomeços. Como na vida, na realidade. Enfim: poderia criar uma tese sobre isso (e talvez um dia o faça), mas por hoje fica uma das páginas em preto e branco de Abutres no fim do mundo pra mostrar como é o processo antes das cores e dos balões, a HQ crua como ela é.
Fica pelo primeiro mês de Abutres. E fica pelo que vem a seguir – o lápis, o papel, o preto e o branco (e as hachuras, é claro).

Já está disponível o video do programa Camarote TVCOM do qual participei no início do mês, num bate papo super legal sobre quadrinhos. Quem quiser conferir, só clicar nos links abaixo:
Parte 1
Parte 2

E quem ainda não leu Abutres e se interessou em ler agora que viu uma página em preto e branco da revista, ou quem leu e quer reler agora comparando o preto e branco com o colorido, o caminho é CLICAR AQUI E SAIR LENDO.

Agradeço ao todos que neste mês colaboraram na divulgação de Abutres, mandaram mensagens positivas e a toda a equipe que colaborou e amigos.
Se os grafites continuam queimando papel, uma parte disso acontece porque vocês também existem. SEGUIMOS JUNTOS! Como o preto e o branco.

Grande abraço a todos, e um grande final de semana para todo mundo.
Fiquem com Deus.

Márcio Rampi_26 de agosto/2011

Comentários

Jonathan Pires disse…
Po, Que Bala a entrevista.
Tá ficando fodão hein, mano!!

Parabéns pelo sucesso de Abutres!

Abração!
Márcio Rampi disse…
Ae mew!!
Bala que curtiu a entrevista.
E show que isso é resultado do processo todo, né?
Mas tamo junto!!
Importante é seguir fazendo quadrinhos.
Abração ae, mew!
Vi que bombou a tua HQ lá, hein! Ficou muito bom, mew! Escrevi lá!
Abs!
Márcio Rampi

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